quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
Hércules na conquista da Atlântida, Cottafavi
Apesar da sua popularidade, o péplum italiano dos anos 60 foi um gênero sacrificado, até mesmo massacrado pela pobreza dos orçamentos e pelo descuido técnico da realização. Por isso, os dois mestres do gênero (Cottafavi e Freda), que só foram reconhecidos como tal após seu desaparecimento, tiveram que recorrer à astúcia para fazer uma obra pessoal e criativa. Cottafavi utilizou, como aqui, com uma certa verve vingativa, o humor e a piscadelas de olho ( clins d’oeil) das histórias em quadrinhos, onde alguns quiseram ver uma forma de distanciamento brechtiano. Freda preferiu reencontrar, no interior do gênero, os caminhos da aventura (Le Géant de Thessalie, 1960) ou um certo barroquismo (ou un certain baroque), bizarro e compósito (composite) (Maciste em enfer, 1962), que reatava com as origens do pépum, na época do cinema mudo. Jacques Lourcelles Tradução: Matheus Cartaxo
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